Desequilíbrio lateral da coluna pode ser causa de minhas dores na coluna?

Desequilíbrio lateral da coluna pode ser causa de minhas dores na coluna?

A coluna vertebral deve se manter equilibrada às custas de um mínimo gasto de energia.

Vários sistemas de nosso corpo (visual, neurológico, vestibular, muscular) trabalham juntos para que nossa coluna fique em pé e não nos inclinemos para a frente ou para trás.

A grande verdade é que não é fácil colocar um ser vivo em pé, mas nós nunca paramos para pensar: “Como estamos em pé? Como conseguimos regular o nosso equilíbrio para que não caiamos para a frente ou para trás?” Pois é. A manutenção da bipedia, da verticalidade humana é algo simplesmente fantástico e é um dos assuntos que mais encantam o Dr. João Luiz Pinheiro Franco e sua pesquisa.

Não é fácil ficar em pé e o assunto é muito complexo. O ser humano é o único mamífero que tem uma lordose em sua coluna vertebral. Lordose é aquela “famosa curva” que todos conhecemos, e que todos temos! Uns temos mais, outros menos. Mas o fato é que a lordose da coluna lombar humana é a responsável por estarmos em pé. Os outros mamíferos, um gato, um cachorro, um cavalo, não têm lordose, têm uma cifose na região lombar e nunca terão uma posição vertical estável para ficar em pé e caminhar em pé.

Nós não nascemos com a lordose da fase adulta. O bebê não tem estas curvas e vai desenvolver a lordose da coluna cervical (pescoço) e da coluna lombar ao longo do tempo e vai, assim, conseguir sustentar sua cabeça em equilíbrio e vai conseguir ficar em pé, com sua lordose em desemvolvimento.

Na fase adulta, com o processo natural de envelhecimento de nossa coluna, nossos discos intervertebrais vão se desidratar, vão se degenerar, nossos músculos, irão, ao longo das décadas perder sua massa, e haverá , com o tempo, uma perda da lordose, tanto da lombar quanto da coluna cervical.

A análise do que acontece com nosso corpo com a perda da lordose, suas implicações na gênese de alterações da estrutura anatômica da coluna como o surgimento de artrose/ osteófitos/ “bicos de papagaio”, suas repercussões como compressão de nervos, seu resultado clínico que pode ser a dor na coluna e todas as suas outras consequências como desequilíbrios da coluna são um assunto absolutamente fascinante chamado de o estudo do equilíbrio sagital (lateral) da coluna.

Dr. João Luiz ouviu pela primeira vez falar sobre este assunto no ano de 2003, quando estagiava em Strasbourg na França e foi fazer um curso para jovens neurocirurgiões e viu a apresentação do Dr. Richard Assaker. Depois, ao longo dos anos, procurando cada vez mais o assunto, e entendendo que a compreensão do equilíbrio sagital da coluna era algo absolutamente fundamental para a compreensão da causa de diversas doenças da coluna e seus tratamentos, Dr. João Luiz iniciou trabalho com o cirurgião francês Pierre Roussouly de Lyon. Tornaram-se grandes amigos, assim como suas famílias, e a sequência desta colaboração resultou em uma das mais importantes publicações científicas na especialidade da coluna vertebral dos últimos 20 anos: o livro pulicado nos Estados Unidos da América “SAGITTAL BALANCE OF THE SPINE. The key for treatment strategy”.

Este livro, publicado recentemente em New York reúne alguns dos mais importantes experts do assunto e teve o comando do Dr. João Luiz Pinheiro Franco e do Dr. Pierre Roussouly.

Como disse o cirurgião suíço Max Aebi, um dois mais importantes e renomados especialistas em coluna internacionais , “o equilíbrio sagital de coluna talvez seja o tema mais importante em coluna dos últimos 20 anos”.

Mas, não basta ir a uma praia para se observar que existem lordoses diferentes?

Dr. João Luiz e Dr. Roussouly mostraram que existe uma classificação para os tipos de lordose. Mas, não basta ir a uma praia para se observar que existem lordoses diferentes? O que trazem os doutores como novidade? O fato é que , medindo-se os ângulos que relacionam a pelve e a coluna, existem padrões de anatomia, padrões de morfologia, tipos de forma diferentes e, dependendo do padrão de morfologia de cada lordose, existem tendências de que a coluna envelheça seguindo um certo padrão. Em outras palavras, conhecendo-se o tipo de coluna de uma pessoa, pode-se, de certa forma, prever a evolução degenerativa daquela coluna.

Isto parece fantástico. E é mesmo. Para se tratar uma doença, qualquer que seja ele, é importante diagnosticá-la, e conhecer sua evolução para que possamos implementar o melhor tratamento.

A evolução da doença degenerativa do disco intervertebral é a história de uma vida inteira, pois o disco vai envelhecer, mais degenerar, a vida inteira, e isso só vai continuar numa só direção. Por isso, é melhor conhecer os padrões e os tipos diferentes de evolução do envelhecimento de cada um, para que possamos, de certa forma, tomar medidas para que o envelhecimento de sua coluna seja-lhe o mais suave possível. Não temos como parar o envelhecimento, mas temos como conhecer hoje, graças ao livro do Dr. João Luiz e do Dr. Roussouly, como cada padrão de forma de coluna tende a envelhecer. A partir daí, portanto, podemos adaptar os mais variados tipos de exercícios, fisioterapia, trabalhos musculares, posturais, cognitivos e psicológicos, para cada pessoa com sua diferente morfologia espino-pélvica, sua diferente lordose. Podemos analisar, a partir da análise do equilíbrio sagital, qual a coluna é mais adaptada a este esporte, e qual a coluna (pessoa) não é adaptada para aquele esporte. Vamos ver alguns exemplos. Michael Phelps, o multimedalhista olímpico da natação. Certamente, é uma pessoa que dedicou esforço sobre-humano para chegar ao ponto de semi-perfeição da natação. No entanto, seguramente, sua anatomia, sua morfologia espino-pélvica (coluna-bacia), deve ter contribuído para seu absoluto sucesso.

Vou falar de um amigo meu da infância. Este amigo, desde aquela época, jogava tênis, e jogava muito bem. Nunca ganhei um set dele. Certa vez, há pouco tempo, ele me procurou, contando que estava com uma dor forte e persistente, na região lombar. Amigo ou não, sempre fazemos uma avaliação completa de sua coluna e nervos. E detectamos a presença de o que chamamos de espondilolistese ístmica, que consiste numa fratura do istmo da coluna causada pelo atrito em pessoas que têm o tipo 1 de coluna de acordo com a classificação de coluna de Roussouly. Quando explicamos a este amigo que este padrão morfológico impede a pessoa de colocar a coluna muito para trás (limita a extensão da coluna), ele disse: “Agora eu entendo porque não consigo, na hora do saque no tênis, fazer aquele movimento completo de extensão da coluna!”.

Pois é, a análise do equilíbrio sagital (lateral) da coluna abriu um mundo de conhecimento a respeito das causas da dor lombar. Evidentemente, múltiplas são as razões combinadas para a gênese de dor nas costas, mas a compreensão do equilíbrio lateral da coluna é um dos muito importantes.

Assim, os senhores e senhoras podem, agora, compreender porque os executivos da famosa editora de Nova Iorque THIEME aceitaram a proposta de se fazer o livro do Dr. João Luiz Pinheiro Franco.

O Livro Norte-Americano do DR. PINHEIRO-FRANCO.
Grande sucesso de vendas para especialistas da coluna do mundo inteiro.
Dr. Pinheiro Franco na vanguarda do conhecimento sobre coluna vertebral.
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O equilíbrio lateral (sagital) da coluna pode ser avaliado em radiografias através de parâmetros angulares da coluna e pélvicos, morfológicos e funcionais.Se houver um desequilíbrio na coluna, como por exemplo, uma hipolordose ou uma hipercifose,  a pessoa poderá ter dor na coluna.

Dr. João Luiz Pinheiro Franco estuda o equilíbrio lateral da coluna de todos seus pacientes através do programa de computador francês KEOPS (veja estudo de um caso na imagem ao lado, para ver se a coluna está bem equilibrada).

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