A avaliação cinético-funcional é uma das mais importantes etapas do atendimento de fisioterapia. É neste momento que o profissional vai avaliar seu paciente, de forma a conhecê-lo melhor para, assim, iniciar o tratamento com os melhores métodos e prescrições específicas para cada caso.

Além disto, é o primeiro contato que o fisioterapeuta tem com o seu paciente; é o momento em que ele coletará dados que são primordiais para prestar um bom atendimento, como históricos de traumas e doenças, intenções e objetivos do paciente com o tratamento, etc. Consiste na identificação das queixas trazidas pelo paciente, na investigação da história atual e pregressa de como a patologia se instalou, e assim também como o relato das atividades praticadas no dia a dia e daquelas atividades praticadas ao longo de sua vida.
Avalia-se a condição clínica das articulações, músculos e tendões para verificar se o indivíduo pode aplicar força ou se necessita passar por algum tipo de tratamento antes que tenha condições para tal. Avalia-se também se há boa predisposição para a recuperação – prognóstico, entre outras informações, para, por fim, prescrever dentro das ferramentas que a fisioterapia possui, qual a melhor forma de tratamento para aquele indivíduo.
Mas, como essa avaliação é feita?
Na Clínica Pinheiro Franco usamos uma metodologia de avaliação e também de acompanhamento do paciente, chamada SOAP, que é uma abreviatura de algumas etapas necessárias à avaliação cinético- funcional, que são Subjetivo, Objetivo, Avaliação e Plano.
O método SOAP é uma forma Registro Clínico Orientado por Problemas, que é uma maneira muito mais interessante e dinâmica de avaliar o paciente. Trata-se de método de excelência para o acompanhamento longitudinal (ao longo do tempo) dos pacientes.

E o que significa exatamente SOAP?
O S.O.A.P. é um acrônimo utilizado em um Prontuário Orientado por Problemas e Evidências para registro da evolução dos problemas das pessoas atendidas na sua prática médica diária. Cada letra refere-se a um tipo de informação:
SUBJETIVO
A primeira parte de qualquer consulta sempre será uma entrevista clínica, com roteiros e formatos adaptados a cada paciente e essa entrevista deve ser transcrita de acordo com a subjetividade do paciente.
O paciente conta, na entrevista, a história de acordo com sua visão e nos relata a sua experiência com aqueles sinais e sintomas. Cabe ao fisioterapeuta conduzir essa entrevista com perguntas, para entender as necessidades do paciente e para iniciar o raciocínio clínico.
Portanto, nessa etapa o fisioterapeuta registra as informações baseadas na experiência da pessoa que está sendo atendida e anota, além das queixas, os sentimentos do paciente, os motivos do atendimento, os problema(s) apresentado(s).
OBJETIVO
Após ouvir toda a história do paciente, de acordo com o ponto de vista dele, chega o momento do fisioterapeuta partir para dados objetivos que vão corroborar com hipóteses diagnósticas e possíveis tratamentos.
Aqui entram todas as informações que podem, de alguma forma, serem mensuradas. O objetivo serve para apoiar o raciocínio clínico, a partir dos motivos de consulta do paciente e possíveis suspeitas diagnósticas. Informações aferidas do ponto de vista médico ficam neste espaço. Dados do exame físico e/ou resultados dos exames complementares também fazem parte.
AVALIAÇÃO
Após a coleta e registro organizados dos dados e informações subjetivas e objetivas, o fisioterapeuta faz uma avaliação mais precisa do problema relatado pelo paciente, levando em consideração as suas queixas e necessidades.
Aqui é o espaço para o fisioterapeuta incluir os problemas evidenciados na consulta que estão relacionados com sua resolução ou não (diabetes descompensada, hipertensão arterial controlada, etc.).
Nesse momento o fisioterapeuta procede à avaliação da funcionalidade do paciente, ou seja, ele deve lançar mão de todas as técnicas necessárias para identificar o impacto da queixa do paciente no seu corpo, tanto fisicamente quanto emocionalmente.
PLANO
Depois da elaboração da lista de problemas e das hipóteses diagnósticas, chega o momento do fisioterapeuta traçar uma proposta terapêutica, ou seja, após a avaliação, algumas técnicas de tratamento são indicadas para o paciente.
