Rizotomia por radiofrequência é cirurgia minimamente invasiva de coluna?

A rizotomia percutânea por radiofrequência é uma técnica de cirurgia minimamente invasiva da coluna em que se empregam ondas de radiofrequência para o tratamento da articulação dolorosa da coluna (a articulação interapofisária).

A articulação dolorosa da coluna é conhecida como articulação zigoapofisária ou articulação facetária.

A causa mais freqüente de uma articulação facetária dolorosa na coluna é a artrite facetária e a artrose facetária. Sim, a famosa artrose da coluna! Normalmente, associa-se a ideia de artrose aos nossos avós, aos idosos. Assim, alguns podem pensar que a rizotomia percutânea por radiofrequência é tratamento de dor na coluna para idosos. Não, não é só para pessoas mais maduras. Rizotomia por radiofrequência é tratamento de dor na coluna para adultos jovens. Os tempos mudaram…

Imagine a dor nas costas como uma tempestade que assola a sua vida, obscurecendo a luz do sol e impedindo-o de desfrutar dos momentos preciosos. Enquanto a dor persiste como uma sombra sombria, a rizotomia por radiofrequência emerge como um farol de esperança em meio à escuridão. Esta técnica inovadora pode dissolver as nuvens escuras da dor e restaurar a clareza e a serenidade à sua vida. Ao optar pela rizotomia por radiofrequência, você não apenas desafia a dor, mas também abraça a possibilidade de uma vida livre de limitações, onde cada passo é uma antítese da agonia passada, levando-o em direção à luz radiante da recuperação e do bem-estar.

Jovens têm artrose, artrite facetária ou bico de papagaio?

Os hábitos modernos da sociedade fazem com que as pessoas fiquem mais e mais tempo sentadas, principalmente nestes tempos de trabalho em frente ao computador! Pessoas jovens, na faixa dos 30 e poucos anos trabalham horas e horas sentadas. Muitas pessoas trabalham em casa (home-office), e têm percebido que acabam por trabalhar mais e mais horas, e sentadas!!! E, da mesma forma, acabam por se levantar menos e menos da cadeira. E, muitas vezes a cadeira em casa não tem a ergonomia da cadeira do trabalho. Assim, o disco intervertebral sofre. As articulações posteriores ósseas da coluna (ditas facetárias), que não são feitas para ficar nesta posição por horas e horas, acabam por sofrer, e se inflamam.

Agora, imagine isto por meses e meses: chegará um momento em que o corpo poderá produzir osso (artrose) para melhorar esta situação, para estabilizar. Sim! O corpo produz osso, a artrose, o osteófito, o bico de papagaio, para tentar sustentar melhor a coluna. E o osso pode comprimir o nervo e a pessoa pode ter a dor ciática ou dor no braço se for disco da coluna cervical (artrose cervical).

Temos observado muitas pessoas com menos de 40 anos de idade se apresentando em consulta não só com discos com a doença degenerativa em um ou mais níveis, mas também com a artrose facetária. Alguns destes casos, além de terem artrose, têm tanta artrose que o nervo fica esmagado (estenose) no buraco de saída do nervo (forame).

Qual a causa da artrose na coluna?

A artrose facetária da coluna faz parte daquilo que chamamos de espondilose vertebral (cervical ou lombar). Trata-se de uma degeneração (envelhecimento) da coluna vertebral. Faz parte do processo natural de envelhecimento, agora uns tem mais e outros menos. O maior livro já publicado sobre o assunto que leva à artrose de coluna (doença degenerativa do disco, a discopatia), foi publicado pelo Dr. Pinheiro Franco! Sim, o médico autor destas linhas! Assim, não perca seu tempo: invista na sua saúde e marque sua consulta agora porque o objetico é buscar qualidade de vida.

Quando devo fazer rizotomia por radiofrequência?

Lembre-se: a artrose facetária ocorre com grande frequência associada a algumas doenças da coluna. Então, há várias indicações para se fazer a rizotomia. A análise deve ser feita caso a caso. Não existe receita de bolo!

As seguintes patologias, se tiverem a dor lombar como sintoma predominante, podem ser tratadas com rizotomia percutânea por radiofrequência:

• discopatia
• doença degenerativa da coluna
• espondilolistese degenerativa
• estenose de canal lombar por artrose facetária (canal estreito)
• estenose de forame neural causada por artrose facetária
• escoliose degenerativa
• espondilolistese ístmica com artrose facetária com lenta evolução degenerativa ao longo do tempo
• retrolistese degenerativa associada à artrose
• protrusão discal associada a artrose na coluna
• hérnia de disco associada a artrose na coluna (quando sintoma é a dor lombar)

A artrite facetária pode corresponder a uma sobrecarga mecânica das articulações interapofisárias. Isto pode ser o resultado de discopatia, da degeneração discal.

Os sintomas de uma articulação facetária dolorosa na coluna são a lombalgia, e a dor que pode descer para nádegas e coxas. Normalmente esta dor não desce abaixo do joelho, o que seria mais característico em casos de dor radicular (compressão de nervo).

O que é a rizotomia por radiofrequência?

A rizotomia percutânea por radiofrequência é procedimento relativamente simples, minimamente invasivo, percutâneo (não requer corte), e a pessoa normalmente retorna para casa no mesmo dia.

Trata-se de excelente forma de tratamento também para o paciente idoso, para aquele paciente que tem caso cirúrgico mas que não tem condição pela idade ou condição clínica de ir para uma cirurgia maior.

Se um paciente apresenta alívio de curto prazo, mas não alívio de médio ou longo prazo, após bloqueios intra-articulares da faceta articular ou do ramo medial, este paciente é candidato a receber uma rizotomia por radiofrequência para que se obtenha um alívio mais duradouro da dor lombar.

Com a técnica adequada da RIZOTOMIA PERCUTÂNEA POR RADIOFREQUÊNCIA, os pacientes podem apresentar um alívio significativo da dor por aproximadamente 6 a 12 meses na coluna lombar ou 1 a 2 anos na coluna cervical.

Fonte das informações:

Livro: Conceitos Avançados em Doença Degenerativa Discal Lombar. Pinheiro-Franco JL, Vaccaro AR, Benzel EC, Mayer H-M. Editora Dilivros. 2010. Págs: 301-316 (Capítulo “Técnicas Minimamente Invasivas para a Doença Degenerativa Discal Lombar”, Mayer H-M)